segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

INSTITUTO DO CEARÁ EMPOSSARÁ O SEXTO SERGIPANO APÓS QUASE 70 ANOS DESDE FELTE BEZERRA.

 

 

 

 *Por Iury Andrade

O historiador Adailton Andrade é o sexto sergipano empossado no Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico), após quase 70 anos desde a nomeação do antropólogo Felte Bezerra, seu conterrâneo, último sergipano a fazer parte do Instituto.

 


Há pouco mais de 68 anos, não houve notícia da nomeação e posse de outro sergipano a suceder o antropólogo Felte Bezerra, que faleceu em 1990. Agora, em 2024, nas celebrações aos 137 anos do Instituto do Ceará que ocorrerá no dia 04 de março, também conhecido como a casa do Barão de Sturdat, a entidade contará com o mais novo empossado sergipano: o historiador aracajuano Adailton Andrade.

Natural de Aracaju, capital de Sergipe, mas criado em São Cristóvão — cidade-mãe que tanto ama e estima —, Adailton nasceu no dia 03 de abril de 1966, e é filho de Maria Lúcia dos Santos e Cícero Paes de Andrade (militar ex-combatente da Marinha do Brasil, o qual esteve presente na 2ª Guerra Mundial!). Licenciado em História, pela Universidade Tiradentes, com pós-graduação em Museologia, Arquivologia e História Regional, Adailton possui uma gama de publicações bibliográficas acerca da história e política sergipana, bem como sobre a cultura e figuras marcantes do seu estado. É Doctor Honoris Causa pelo consórcio acadêmico CONCLAB/CONINTER, comendador por 2 anos consecutivos da Câmara Brasileira de Cultura, também do Conselho Estadual de Cultura de Sergipe — este, pelos serviços prestados à socialização da pesquisa histórica.

 

 

Atualmente, o maior projeto desse notável historiador sergipano é a Confraria de História e Memória (CONFRAHM), onde o mesmo é membro fundador e também exerce a função de presidente. A CONFRAHM tem a função de salvaguardar e divulgar a história e cultura sancristovense — consequentemente, por se tratar da cidade-mãe do estado, a qual a maior parte dos acontecimentos históricos sucederam de lá, a CONFRAHM também delega a história de todo o estado de Sergipe.

 

A ligação de Sergipe com o Instituto do Ceará começa com a posse de Manoel dos Passos de Oliveira Teles, sendo empossado como membro correspondente no dia 04 de março de 1907. Foi um escritor, magistrado, poeta, historiógrafo, linguista e professor sergipano. Um homem dotado de uma rara inteligência e um grande conhecimento, dedicou a construção de sua obra a temas relacionados à História, Geografia, Linguística, Antropologia, Literatura, Filosofia, Arqueologia, Música e Jornalismo, o que resultou em uma vasta e diversificada produção intelectual — Manoel foi um verdadeiro polímata.



Em seguida, ambos empossados no dia 07 de março de 1907, foi a vez de Epifânio da Fonseca Dória e Menezes (ou simplesmente Epifânio Dória), e Felisberto Firmo de Oliveira Freire. Epifânio o qual foi documentarista, jornalista e pesquisador. Também dirigiu a Biblioteca do Estado de Sergipe de 1914 a 1943. Tornou-se ainda presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, membro da Associação Sergipana de Imprensa, da Academia Sergipana de Letras e de várias instituições literárias do exterior e do Brasil, entre elas o Instituto do Ceará (Histórico Geográfico e Antropológico). Por sua vez, Felisberto (conhecido como Barão de Laranjeiras) foi tenente-coronel brasileiro baronato em 12 de maio de 1819, proprietário dos engenhos do Belém, Piabussu e Roma, todos localizados no município de São Cristóvão (SE), às margens do rio Vaza-Barris. Seu título de Barão foi concedido por decreto de D. Pedro II, em 29 de fevereiro de 1872 — título de provável origem toponímica, referente à cidade sergipana de Laranjeiras.


 

Posteriormente, fora empossado no dia 22 de março de 1919 Francisco Antônio de Carvalho Lima Júnior, republicano emérito. Francisco trabalhou pela Proclamação da República em alguns municípios sergipanos.


 

Por fim, desde então o último sergipano empossado há quase 70 anos, temos o notável antropólogo que se destacou por seus estudos de componentes étnicos e formação social sergipana, Felte Bezerra, empossado em 20 de abril de 1956.

 


O empossamento de Adailton Andrade denota a exuberância e primazia dos conterrâneos sergipanos — essa é a prova que, mesmo sendo o menor estado do Brasil, Sergipe tem em seu seio filhos distintos que mal cabem na própria terra. O Nordeste, o Brasil, o mundo são de vocês, Manoel, Epifânio, Felisberto, Francisco, Felte e, agora, Adailton de Andrade.

 

 
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Texto: Iury Andrade - Bacharelando  em Letras, editor, revisor e designer gráfico na Editora  Colosso

sábado, 15 de maio de 2021

MAESTRO RIVALDO DANTAS

 UMA  REFERÊNCIA  PARA O MOVIMENTO  MUSICAL EM  SERGIPE !

 


 

Nasceu em Maruim, SE em 26 de abril de 1941, Aos 11 anos de idade, ingressou no então Instituto de Música e Canto Orfeônico de Sergipe na classe de violino da professora Anayde de Marsillac Fontes Góes. Aos 18 anos de idade, indo residir no Rio de Janeiro, dando continuidade aos estudos musicais com Paulina D’Ambrósio, Enáurea Melo e Eugenio Graça. No Rio de Janeiro participou da orquestra sinfônica da Guanabara , da Filarmônicas da Escola Nacional de Música e da Orquestra Juvenil do Teatro Municipal da qual foi fundador . Ainda iniciou os estudos de Violoncelo com o Prof. Eugen Anevsky.


Em 1967, retornou a Sergipe, sendo convidado a lecionar na Escola de Música , da qual Posteriormente , tornou-se diretor cargo que ocupou por muito tempo, ainda em Sergipe , lecionou na área pedagógica, na Universidade Santa Cruz na Bahia , especializando-se em administração escolar.

Nesse tempo deu início aos seus estudos de regência coral e orquestra contribuindo na formação musical em Sergipe. Posteriormente, atuou na regência do coral da Petrobras por 15 anos projetando-o inclusive no exterior através de várias gravações em discos, também atual na Associação Coral Evangélica de Sergipe como organizar e regente .

 

Rivaldo Dantas também criou e regeu por muito tempo o coral da faculdade Tiradentes , hoje Universidade, nesse tempo foi muito requisitado sendo uma referência na criação e regência de outros corais, como da Telergipe, Coral Masculino da PIBA, regente do Coral do conservatório de Música de Sergipe, e do Coral principal da 1ª igreja Batista de Aracaju. No campo instrumental, e de regência orquestral teve grandes mestres tais como: Juarez Johnson, Eleazar de Carvalho em Campos do Jordão em São Paulo, Mario Tavares, Enrique Gregory, e Pablo Gorosito.

Em Aracaju foi o criador, organizador, diretor artístico e maestro da Secanda. estava  em casa aposentado  cuidando da saúde e ouvindo boa música. Em 1991, a convite da Prefeitura de Rosário do Catete, foi criar uma banda de música que leva o nome de Luiz Ferreira Gomes, nessa mesma agremiação musical redigiu o Regimento Interno e o seu Estatuto.

 

Foi diretor do Conservatório de Música, regente da orquestra sinfônica de Sergipe. Rivaldo Dantas recebeu a COMENDA DA ORDEM DO MÉRITO CÍVICO DA LIGA DA DEFESA NACIONAL. Tendo o título de comendador.

Também foi homenageado pelo reconhecimento de bons serviços prestados no campo musical em Sergipe. Presidente da Confederação nacional de Bandas de Músicas ( CNBF) ano passado trouxe XXIV Campeonato Nacional de Bandas e Fanfarras. O evento promovido pela Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras (CNBF). Raivando é o atual presidente da Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras e diretor da Banda Interescolar da Secretaria de Estado da Educação (Secbanda). Rivaldo Dantas "quando foi" responsável pela SEC-Banda, recebeu, o Prêmio Arthur Lakschevitz, maior prêmio outorgado pela Associação dos Músicos Batista do Brasil – AMBB -, na categoria músico brasileiro. Este prêmio bienal é concedido a personalidade que se destaca no cenário musical do Brasil em três categorias especiais: Amigo da Música, Músico Estrangeiro e Músico Brasileiro, um orgulho para Sergipe, em ter nomes como o de Rivaldo Dantas sempre representando o estado de Sergipe com muita maestria.

Hoje o maestro Se  foi  para os braços  do pai  celestial, nos deixando  saudades e  escrevendo  seu nome  na Música de  Sergipe.


 

Rivaldo Dantas, hoje   deixa  saudades  com a  certeza  que escreveu  seu nome na História musical Brasileira , enchendo de orgulho o povo sergipano como também os maruinenses seus conterrâneos .Ciente que esses relatos não chegam a 10% da biografia desse grande maruinense, sergipano que hoje é um  patrimônio in memória  da história da música em Sergipe, no Brasil... Continua . RIVALDO DANTAS, estava  aposentado cuidando da  saúde , quando  recebe   noticia   do puxão de  tapete , tirando  da direção da  SECBANDA,  são coisas  dos muros   baixas  da política  de Sergipe  do Tupiniquim, Vai em Paz  meu amigo, no céu  não  vai ter  trairagem, ingratidão e  nem puxação de  tapete,  seu nome  foi escrito   com tinta  boa , esses  aí não vão  apagarem  de forma   alguma, sua  criação a  SECBANDA, já estava  órfão .

O maestro Rivaldo Dantas morreu em Aracaju na noite desta sexta-feira (14). Ele estava internado no Hospital de Cirurgia para se submeter a uma intervenção cirúrgica em consequência da diabates, mas o quadro clínico agravou, evoluindo para o óbito. O corpo do maestro foi velado, neste sábado (14), na Igreja Batista e o sepultamento aconteceu, às 10h, no Cemitério São Benedito, em Aracaju. Rivaldo deixa a esposa, quatro filhos e netos.

Rivaldo  Dantas   vive  entre nós !!!!